quinta-feira, 20 de junho de 2013

prefiro camélias

Sobre as rosas e suas cores derivadas de sonhos, aqui estou pra te alertar o quanto arde apertar uma rosa enquanto você tenta sentir seu perfume. Rosas perdidas em um bailar constante dos segundos, rosas vermelhas como o sorriso da moça que de seus pensamentos pesam. Rosas belas e perturbadoras. Embrulhadas com uma fita laranja pra impressionar. Aqui estou pra te alertar o quanto fere encostar-se a seu ombro e chorar. Pois rosas não tem ombros, e nem tempo. Rosas chamam atenção até o outono. Rosas chamam o outono até se tencionar. Rosas delicadas se despedaçando a cada dia, ao olhar dos nobres que nela depositavam a paz. Mas logo vêm novos brotos, novas pétalas, novos abraços, novos sorrisos, novos desesperos. Até que a flor desapareça em meio ao jardim, levando com ela os suspiros de quem mais amou. Aqui estou pra te alertar.  

sábado, 15 de junho de 2013

Seriam os mesmos

Velhos medos
Levados a sério
Como aquele senhor
Que aproveitamos
Pra oferecer o lugar
Como aquelas mãos
Enrugadas depois de
Passar horas no banho tórrido
Como aquela sensação
Estranha de quando se olhamos
No espelho e não nos reconhecemos
Velhos leais e rústicos medos
Que retornam toda vez
Quando as luzes apagam
Quando os gritos ensurdecem
Velhos condenados e lúdicos medos
Que bom vê-los por aqui




terça-feira, 11 de junho de 2013

Senão o último

O primeiro estagio da mocidade
O primeiro grito da promiscuidade
O primeiro impasse dos famintos
O primeiro toque dos meninos
O primeiro olhar desaprovador
O primeiro ar de vencedor
O primeiro texto com erros
O primeiro acerto conte-los
O primeiro final confuso
O primeiro apelo intruso
O primeiro ponto difuso

O primeiro.